Mitologia Nórdica: Odin e sua Sabedoria.
- Lia B.
- 18 de dez. de 2020
- 3 min de leitura

Olá seres humanos! Tudo bem com vocês?
Só queria dar ênfase antes de começar, que todas as reflexões que eu coloco no fim são única e exclusivamente MINHAS, não é fruto de nenhum estudo histórico ou algo do gênero. Porém, os mitos em si eu sempre vou procurar a versão mais correta possível.
MITO
Na mitologia Nórdica, o conhecimento era algo que devia ser buscado por todos, inclusive
os deuses. Odin buscava incansavelmente a sabedoria, e em algum momento de sua jornada, se deparou com o poço da sabedoria, que se encontrava na segunda raiz da árvore Yggdrasil, a árvore da vida, que segurava os nove mundos.
Odin pediu ao deus Mimir, guardião do poço, que o deixasse beber daquelas águas.
O Deus da sabedoria disse ao outro que a sabedoria exigia grandes sacrifícios, então Odin, sem nem hesitar, arrancou um de seus olhos e o entregou a Mimir, que então permitiu que o Deus bebesse a água.
Do dom da sabedoria que conseguiu, desenvolveu também o da Vidência, embora não costumasse compartilhar muitas de suas visões. Outro aspecto que marca o poder do deus vem da magia das runas, que eram usadas para prever o futuro. Segundo os mitos, foi Odin quem criou ou descobriu os mistérios mágicos das runas, e para isso ele teve quase que morrer.
O velho Deus foi enforcado a uma árvore a qual as raízes chegavam às profundezas da terra. (a árvore não é especificada, mas muitos estudiosos sugerem que se trate da Yggdrasil). Ele ficou nove dias e nove noites amarrado à árvore, sem comer e nem beber, e como bônus para o sacrifício, ele foi atingido por uma lança, que ficou cravada em sua barriga, durante todo esse tempo
Odin conta que descobriu o mistério das Runas sob gemidos de dor, até que após esses nove dias de sofrimento, ele caiu na terra, tendo aprendido os nove cantos do filho de Bolthorn. Alguns mitólogos acreditam que fosse Mimir. Pois, Odin disse que além desse sacrifício o que lhe ajudou também a descobrir as runas, foi ter bebido da fonte da sabedoria, ou seja a Fonte de Mimir, e ter bebido o hidromel da poesia de Suttung (depois da guerra entre os deuses Aesir e Vanir, foi criado um Deus chamado Kvasir. Ele viveu pouco, pois foi morto por dois anões que drenaram seu sangue, e criaram o hidromel da poesia. Depois, o hidromel foi parar na posse do gigante Suttung).
MINHA VISÃO
O olho, entre outras coisas que vou citar, é entendido como um elo entre o "interior" e "exterior". Odin passou muito tempo procurando a sabedoria no mundo exterior, que esqueceu de olhar para o interior. Creio que foi por esse motivo pelo qual teve que arrancar o olho: para aprender que a sabedoria não está apenas do lago de fora, mas do lado de dentro também.
Além disso, o olho tambor representa a percepção intelectual, o que mostra que a sabedoria não é apenas algo do intelecto, mas sentimental e experimental também, já que quando perde-se parte da visão, outros sentidos costumam se aguçar.
A sabedoria é tão profunda. Sem o poço, a sabedoria ainda estaria lá, mas você teria que cavar muitos metros para acha-la. As pedras que formam o poço são como pilares que permitem nosso acesso a ela.
Aparentemente, Odin entendeu a lição que se estendeu disso, pois em seu próximo objetivo, que era entender as Runas, se submeteu a um sacrifício, pois sabia que, durante momentos de dor e sofrimento, nos voltamos para dentro (o interior), e assim, ele entendeu as Runas. A referência aos nove cantos só parece me fazer sentido se está se referindo aos 9 mundos da mitologia nórdica… pois o futuro envolve todos eles. A compreensão de todos os aspectos da realidade junto da sabedoria, permitiu que ele conseguisse prever o futuro.
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